domingo, 6 de abril de 2008

1° Encontro, segundo Gustavo Torquato

Olá amigos! Que bom estar começando a nossa Especialização em Educação Física Escolar pela Fundação Helena Antipoff. O primeiro encontro foi ótimo e animador, pois o encontro com nossos colegas de profissão e os notáveis professores me deixou contente. A minha expectativa quanto ao curso é de que tenhamos discussões importantes sobre as nossas aulas na escola com todo embasamento e orientação teórica de nossos professores e autores importantes da área. Na primeira conversa com o coletivo pude imaginar outras expectativas dos colegas que não havia passado em minha cabeça, como estar mais credenciado com a especialização, a dar aulas em faculdades. Após uma rápida e pequena apresentação dos colegas, do curso e do orientador tivemos uma grande surpresa, que ao meu modo de ver, mostrou a importância e a “riqueza” de conhecimento em que teremos em nosso curso: uma aula inaugural com o Tarcísio Mauro Vago, referência da nossa área que fala com tanta propriedade, sinceridade e convicção sobre a educação física escolar. Tarcísio nos apresentou cinco temáticas importantes para pensarmos a educação física na escola durante o nosso curso: compreender a escola como lugar público de cultura; reconhecer o humano como produto da cultura; reconhecer nos corpos humanos a cultura; reconhecer professores e estudantes como sujeitos praticantes; e compreender o ensino de educação física na escola como um projeto de formação. Houve primeiramente uma reflexão da escola e da cultura como um bem permanente a ser tratado pela e na escola. Seguimos pelos caminhos e compreensão da educação física, pensando em seus sujeitos alunos e sujeitos professores e importância da educação física. Ao término tivemos um emocionado relato do Tarcísio quando perguntado qual seria a motivação que o levara a escolher a Educação Física como profissão. A motivação mais relevante foi a de seguir um sonho de ser jogador de futebol, além de sempre ter brincado na rua, com os amigos, gostar de esportes... Com a aprovação no vestibular e com o decorrer do curso, a escola e o “ensinar” aos alunos o despertou para a educação física escolar e o fascinou, levando a mais a adiante a estudar e especializar cada vez mais sobre isso. O que me chamou a atenção foi que a minha história na educação física se confunde um pouco com o início da história acadêmica do Tarcísio, uma vez que da minha infância até a adolescência fui jogador de basquetebol e a minha motivação maior de fazer o curso de educação física era seguir como professor ou treinador desse esporte, não esquecendo também do fato de meus pais serem professores. Com o passar do curso eu também me senti atraído pela educação física na escola e espero seguir neste rumo. Assim terminamos a primeira parte do dia e após um intervalo de almoço retornamos com nossos professores Admir e Fabrine. Foi nos proposto um memorial de nossa formação, passando pelas nossas experiências desde a infância até nossas aulas de hoje na escola. Através de narrativas contaremos e posteriormente re-pensaremos sobre o que nos marcou a educação física durante a nossa vida, com a pergunta central de “como nos tornamos professores(as) de educação física?” Já pensando em momentos do meu memorial vou terminando por aqui este relato que com certeza fará parte da minha trajetória acadêmica. Até a próxima aula!

Gustavo Torquato

6 comentários:

karla costa disse...

Olá colegas. Muito legal o relato do Gustavo e, relembrando nosso papo daquela primeira tarde gostaria de dividir com vocês uma dúvida que me pertubou durante toda a semana: Erro em pensar a EF escolar além desse corpo e seu movimento, que não desprezo, entendam, muito pelo contrário, mas que percebo além, com seus coflitos, e com a fundamental necessidade de confrontar-se consigo e com o outro. Priorizar este confronto em minhas aulas e não me sentir " dona" do estudo desse corpo e seu movimento, e por isso buscar aliados na matemática, português etc, me distancia de uma EF escolar de qualidade? Gostaria muito de saber a opinião de vocês. Um abraço, Karla Costa.

Alunos/as do Curso de Esp. Ed. Física Escolar disse...

Comungo das idéias relatadas pelo Gustavo e sei que não é fácil essa vida que escolhemos, pois lidar com alunos, escolas e culturas diferentes é barra mas com certeza alcançaremos o objetivo.Abraço a todos.

Alunos/as do Curso de Esp. Ed. Física Escolar disse...

Olá colegas, aqui é a Ana Paula,confesso que ao receber os textos para um seminário na segunda aula também pensei em uma aula cansativa e "sonolenta" mas com as discussões que realizamos e ainda iremos realizar penso que não terão aulas cansativas apesar do cansasso acumulado semanal. Quanto a nossa colega Karla que relatou ter saído da primeira aula não se identificando com a proposta, que bom que conseguimos esclarecer nossos objetivos e pensamentos. Teremos trocas de conhecimentos muito ricas em nossas aulas. Até sábado!

Alunos/as do Curso de Esp. Ed. Física Escolar disse...

Pensar a EF somente como a disciplina que vai discutir/trabalhar o corpo seria muito restrito a nós professores de EF. Prefiro pensar em como os corpos são tratados em diferentes disciplinas. Portugues, história e quem sabe discutir com os colegas das outras áreas a relevância desse corpo nas aulas deles.
Um abraço a todos. Graciele

Alunos/as do Curso de Esp. Ed. Física Escolar disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Paola Educação Física disse...

Quando congregamos num projeto de escola e de sociedade que emerge do ambiente escolar, quero crer que cada professor, mirando-se nos saberes de sua area , colabora com este processo. O dialogo entre os diferentes saberes é importante, penso, por exemplo que em ambiente escolar o professor de educaçaõ fisica é referencia dentro da sua area, mas não é o unico a conhece-la; assim tambem para as outras areas. Ao dialogar com outros saberes, reitramos a dinamica da formação que esperamos; que não se encerra em cada disciplina, mas que forma, informa, reforma e deforma; se completam, se unem em um projeto de formaçaõ cidadã.

AAAHHHHH......
gostaria tambem de registrar aqui a minha surpresa, alegria e curiosidade com a dinamica do memorial...
Refletir sobre a historia que nos constitui tem sido muito bacana! principalmente ao pensar nesta estrategia como forma de avaliação. E é um exercicio que não dse limita a um passado muito remoto; reavaliar nossas aulas, posturas, verdades, mitos... recontruir, fazer novas as coisas não é mais plano pro futuro, acontece agora!

bjk