quinta-feira, 21 de agosto de 2008

relato do dia 16/09

No ultimo sábado, contamos com a presença da professora Meilly Assbú Linhales, tratando de um desdobramento dos últimos encontros: as aulas de educação física – construção e desenvolvimento.
Se nas aulas anteriores havíamos reconhecido no currículo, a sua importância ao revelar nossas intencionalidades, concepções e projetos; havia agora a tensão, nó ou efervescência das idéias acerca da aula, no desafio de materializar, de tornar sensível a aqueles envolvidos no cotidiano das aulas, tudo que acreditamos para a educação e para a sociedade.
Após as apresentações, nos foi feita uma proposta, um exercício de estranhamento e distanciamento de um cotidiano que já temos uma ‘velha intimidade’. Em grupos, tentamos construir respostas às perguntas abaixo, como se as explicássemos para alguém que desconhece a cultura, rotina e hábitos escolarizados, O QUE É UMA AULA? O QUE CONHECEMOS SOBRE A HISTÓRIA DESSA PRÁTICA? QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS DIFICULDADES EM UMA AULA? O QUE É MUITO LEGAL EM UMA AULA? O QUE CARACTERIZA E FUNDAMENTA UMA AULA DE EDUCAÇÃO FÍSICA? COMO ORGANIZAMOS AULAS DE EDUCAÇÃO FISICA?
Nossas respostas confundem e misturam identidades que nos formam e nos contem; diferentes perspectivas no mesmo espaço: professor e aluno ocupando o mesmo corpo, história, respostas e lugar; respondendo pelo mesmo sujeito. E quantas dúvidas nos fazem pensar na condição de aluno e de professor. O que é uma aula para mim, enquanto professora? O que foi quando eu era aluna? O que será então para os meus alunos? ‘como será o amanha? Responda quem souber’!
Foi uma dinâmica muito rica e interessante, onde nossas respostas, duvidas, experiências e frustrações compartilhadas em grupo se tornaram subsidio para uma reflexão sobre nossa atuação, nossa ação pedagógica. Ressalto aqui um ponto que me chamou a atenção no desafio da construção das aulas: conseguir naquele recorte de tempo e espaço, expressar nossa intencionalidade de maneira que, todos os participantes se reconheçam como parte da aula, que esteja suficientemente aberta para a participação e intervenção de todos. E que sua finalidade não se encerre ali, na sua execução, mas forme, informe e transforme – as pessoas, a sociedade.
Outras questões foram discutidas e esclarecidas pela professora Meily, na tentativa de auxiliar nossas reflexões, relatos e auto-relatos. Tais como o significado de disciplina, saberes científicos, saberes do cotidiano, pratica sociais em circulação, modelos de conduta, mediações culturais, relação entre saber disciplinar e saber interdisciplinar, dentre outros.
Ainda pensando no cotidiano de nossas aulas nos foi proposto responder outras perguntas em grupo que instigavam e questionam o nosso fazer pedagógico. Ao socializarmos infelizmente a aula acabou. Devemos continuar essa conversa no nosso próximo encontro do dia 13 de setembro com a leitura de alguns textos indicados pela professora Meily.

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