terça-feira, 27 de maio de 2008

Encontro do dia 17/05/2008 – Horto Florestal

Pessoal, me desculpem pela demora para escrever este relato mas acontece que eu sinceramente não sabia o que escrever, quando peguei o meu caderno cheio de anotações não sabia o que era relevante ou não colocar e, principalmente como as pessoas entenderiam o que seria escrito. Por fim, escrevi na visão de apenas uma pessoa que estava lá – eu e agora, espero que cada um coloque o seu relato pois acredito que esta aula teve uma característica diferenciada: as sensções proporcionadas naquele dia e em cada momento só podem ser descritas por cada um de nós e não apenas por uma pessoa.
Bom, espero que todos contribuam para o blog e tenham a experiência de escrever o relato da semana algum dia!!
Quero agradecer à Karla que cedeu as fotos do nosso encontro, no entanto, como a internet banda larga ainda não chegou na minha casa (rs!) ficou impossível baixar as fotos. Sendo assim, peço que ela mesma coloque as fotos no nosso blog pois todas ficaram ótimas!
Ah!! Já ia me esquecendo... coincidentemente na terça-feira depois da nossa aula no Horto Florestal vi uma matéria no Jornal Hoje no qual falava que no Jardim Botânico – Rio de Janeiro havia sido reinaugurado um “Jardim Sensorial” no qual estariam expostas plantas aromáticas e com formatos variados para que as pessoas com deficiência visual pudessem ter este contato diferenciado. Entretanto, o que eu achei mas surpreendente e que veio de encontro ao que sentimos naquela aula é que as pessoas que não eram portadoras de deficiência visual foram convidadas a vendar os olhos e “enxergar” as plantas com outros sentidos... E a reação delas era a mesma que a nossa!! Enfim foi muito bacana perceber que este movimento de valorização dos sentidos vem sendo disseminado...
Mais um recado ... Está acontecendo uma exposição no Palácio das Artes sobre a “Arte do Grafite” e o melhor a entrada é gratuita.. Vale a pena conferir!



A aula do dia 17/05 foi realizada no Horto Florestal pelo professor Joélcio Fernandes.
Muito antes deste dia, entre a turma, já havia muitas expecativas pois algumas pessoas não conheciam o local e outras não sabiam como esta aula, neste espaço, fomentaria as discussões acerca da disciplina “Oficina de temas da Cultura Corporal de Movimento” .
Iniciamos o encontro com a apresentação do professor e da turma, na qual cada um falava sobre as expectativas com o dia e a disciplina de uma maneira geral. Muitos aspectos foram levantados como:
- conhecer o parque;
- conhecer e adaptar para a escola uma atividade que seja diferenciada dos temas: jogos e brincadeiras, lutas, dança, esporte e ginástica;
- conhecer novos espaços para o ensino da Educação Física escolar;
- buscar a fundamentação teórica para as aulas de forma que, os temas da cultura corporal de movimento sejam realmente trabalhados em prol da produção de conhecimento;

Posteriormente, iniciamos a discussão sobre o texto “Corpo, ciência e mercado” da autora Ana Márcia. No entanto, como o texto não havia sido disponibilizado para que a turma fizesse uma leitura prévia essa discussão, na minha opinião, ficou além de empobrecida, muito superficial. Restando apenas ao professor um levantamento suscinto das principais partes do texto. Entre elas podemos destacar:

- A autora do texto propõe um tripé no qual existe a relação entre o indivíduo, a sociedade e o mercado;
- À medida em que, um destes elementos formadores do tripé se desequilibra, esta estrutura também fica abalada;
- É apontado também, um pseudo-entendimento a respeito do controle da natureza. Ou seja, as instituições sociais se sentem melhores e mais importantes que os aspectos naturais não assumindo assim, a relevância dos mesmos nesta relação;
- Outro aspecto abordado é a independência da sociedade, na qual os indivíduos que a compõem não conseguem enxergar a importância do outro para a formação e crescimento da sociedade como um todo.

Após esta discussão, fomos instigados, pelo professor, a analisar a relação shopping/parque ou seja, o porquê que muitas vezes somos levados a escolher, nos momentos de lazer, o passeio no shopping ao invés da caminhada no parque. Espaços estes, que muitas vezes nem conhecemos em nossas cidades enquanto, dependendo do shopping, sabemos até andar de olhos vendados. Rs!
Nesta análise podemos levantar vários aspectos como:

- a expectativa do público que frequenta o shopping e o público do parque ecológico;
- desconhecimento de outros espaços de lazer existentes na cidade;
- valorização para os locais e as informações contidas nestes espaços sejam elas históricas, eclógicas e etc.
- Sociedade educada para o consumo onde o se ter na maioria das vezes é mais importante do que o conhecer sobre os locais ou histórias que formaram a própria sociedade;
- Muitas vezes as pessoas não se reconhecem naquele local porquê não foram educados sobre as informações que irão encontrar naquele espaço não se sentindo assim, capazes de absorver os conhecimentos proporcionados naquele momento.

Em seguida, saímos para a caminhada orientada juntamente com dois guias, conhecemos várias espécies de árvores sendo que, algumas estão ameaçadas de extinção. O parque é uma área de reflorestamento na qual exsite mostruário de algumas espécies nativas de mata Atlântica e os animais encontrados lá, foram reintroduzidos.
Particularmente, achei a caminhada orientada muito interessante pois pude conhecer e saber a respeito de várias espécies. Conhecimento este, que não teria sido proporcionado se tivesse apenas caminhado sozinha ou sem orientação.

Após o almoço retornamos ao parque e iniciamos uma disucssão na qual era colocado em ênfase, em que momento a Educação Física entrelaça com a caminhada ecológica. Foi chamada a atenção para a artificialidade colocada atualmente na prática da atividade física. Muitas vezes, a sociedade só reconhece as academias como local válido para a prática corporal não conciliando os momentos de lazer (como a caminhada no parque) com a prática de atividades. Foi colocado também em questão, o fato de que muitas pessoas não frequentam espaços como os museus baseados no argumento de que só terão contato com “coisas velhas” não valorizando assim, a importância histórica daqueles objetos e daquele lugar para a formação da sociedade atual. Ou seja, frequentar espaços como museus nos dá condições de refletirmos e entrarmos em contato com elementos que não estão em nosso cotidiano proporcionando a aquisição de um conhecimento que nos dá suporte para o entendimento da formação da sociedade.

Posteriormente, o professor Joélcio nos convidou a experimentar naquele ambiente os nossos sentidos (ouvir, cheirar, ver, tocar..)
Com essa dinâmica pude perceber o quanto pequenas coisas têm passado desapercebido pelo meu cotidiano. Ficar um pouco quieta percebendo os sons ao redor, sentir o pé tocando no chão frio e úmido, dar importância aos aromas sentidos enfim, utilizar realmente o corpo com toda a intensidade que ele nos pode proporcionar durante a nossa vida.

Para finalizar fizemos a dinâmica (ihhh! Esqueci o nome!) em que todos ficaram grudados e pudemos sentir uns aos outros e colocar mais uma vez os nossos sentidos em foco.
O professor Joélcio se despediu nos deixando duas atividades: - fazer uma refeição demornado pelo menos uns 40 minutos para podermos perceber o sabor dos alimentos ingeridos e produzir um texto para a data 31/05 falando da importância de trabalhar os sentidos na escola.

Enfim foi isso! Se vocês acharem que deve ser acrescentado mais alguma coisa fiquem à vontade! Beijos e abraços pra todos e até sábado!!!!
Raquel

3 comentários:

karla costa disse...

Raquel, me permita uma análise crítica do seu relato. Faltou um elemento importantíssimo: CORAGEM. Menina, ficou excelente, claro, convincente e sem rodeios. Faltou só coragem de escrevê-lo antes. Acredite no seu potencial, libere essa professorinha que tá aí dentro doidinha prá sair e venha ser feliz conosco, nesse mundo mágico que é a escola. Cheio de curvas, buracos, má sinalização, mas deliciosamente transitável. Quanto às fotos, assim que chegar da escola inserirei no blog. Um forte abraço e parabéns pelo seu texto. Karla Costa.

ailton cs disse...

Raquel pelo seu relato pude percebe que faltar a um encontro dessa pós é perder muito em conhecimento.E faço das palavras da Karla as minhas.Acredite em voce,pois só assim serás capaz de dar a sua contibuição para com os outros ao seu redor.Seja voce mesmo sem medo.Abraços Ailton

Anônimo disse...

Oi galera, que legal o relato da Raquel bem enxuto mas rico em informação. Sabemos da importância em buscar locais para nossas aulas externas, essas vivências que nos é oferecidas, pode nos dar uma visão mais clara de como montar projetos fundamentados e diretos. Esse blog é nosso campo de discussão então vamos usá-lo mais, abração.