sábado, 21 de junho de 2008

E O CIRCO CHEGOU.....

Que delícia nosso encontro de hoje.
Saí tão animada que já estou eu aqui querendo contar prá quem perdeu a aula o que aconteceu nela...das duas uma ou preciso arrumar urgente um namorado ou me apaixonei mesmo pela escola....
Mas vamos lá. Nosso encontro com o Circo foi um grande barato. Já na entrada, a música nos fez viajar nesse imaginário fantástico do mundo circense. Conversamos sobre experiências vividas como alunos, professores ou espectadores. Discutimos sobre o texto e na discussão percebi que as práticas circenses têm tudo a ver com nosso mundo: com a cultura corporal, com o perceber corporal, com o fazer corporal. E nada mais lícito que possibilitar aos nossos alunos essa experiência, ou melhor, essa descoberta.
A prof. Ana Raquel fez uma colocação que me fez refletir sobre a inserção de projetos extra-turno na escola. Discutindo sobre o projeto Valores de Minas e Educação pelo Tambor, a prof. disse que é um erro esperar que aconteça uma transferência automática da oficina/projeto para a sala de aula. E é verdade. Enquanto não mudarmos a estrutura da escola essa transferência não acontecerá, visto que na oficina a criança/jovem é tratada como criança/jovem e na sala essa mesma criança vira ALUNO. Aluno que tem que aprender aquilo que eu quero, do modo que eu quero, numa cruel via de mão única. Urge a necessidade de nos percebermos AUTORES, junto com nossas crianças, da história de nossa escola, transformando-nos de meros reprodutores e transmissores do saber em produtores desse saber. Somente assim essa tranferência acontecerá, possibilitando assim às nossas crianças e principalmente a nós mesmos, o gozo e o prazer em pertencermos a essa escola.
Num segundo momento experimentamos as possibilidades de malabaris sugeridas pelos autores do texto discutido. Que delícia. Surgiram várias idéias entre os grupos e foi uma grande viagem. ( as fotos virão a seguir).
Sugestões com lenço, bolinha, corda, colchão, elástico, mímica, pirâmide...foi um barato!
Para a próxima aula encontraremos com um especialista que nos ensinará algumas técnicas e a construir alguns objetos alternativos para as aulas de circo. Estou curiosíssima!!!! Quem faltou hoje não perca.
Após o almoço reencontramos com o Cláudio. Continuamos a discussão sobre a escola na modernidade, os contextos aos quais a escola esteve e está inserida. Resolvemos mudar a estrutura da nossa aula e fomos parar debaixo de um coqueiro, sobre uma grama macia para discutir tempo escolar e tempo social. Falando nele, o tempo passou gostoso, sem pressa e a discussão foi muito legal. Percebemos a necessidade de discutir esse tempo publicamente, tirá-lo do armário de nossas discussões de corredor.
E o tempo do aluno...todas as políticas são voltadas para subtraí-lo da rua, lugar de criminalidade, de coisas do mal, de corrupção... e de somá-lo ao tempo escolar, lugar de direcionamento, de instrução, das coisas do bem....
SERÁ????? O prof. sugeriu de pensarmos políticas para que as crianças ocupem as ruas e não para tirá-las delas. Mas ocupá-las como....aí está a nossa intervençao.
Bom, este foi o resumo de nosso encontro. As possibilidades são inúmeras e temos muito o que fazer, arrregacemos as mangas.....
Termino meu relato recordando da entrega do memorial para o próximo sábado. Não esqueçam, um abraço e boa semana. Karla Costa.

3 comentários:

Anônimo disse...

Ei karla, legal seus comentários e suas contribuições para o nosso blog. Cara adorei as fotos, as recordações de expectador de circo e também relembrar as aulas do Farinha. Achamos um bom meio das aulas do Cláudio terem mais sentido, talvez em função do espaço sala aberta, "gramado", tenha dado conta de salientar e nos colocar a pensar em plenárias politicas para discutirmos o TEMPO. Abração até sábado.

ailton cs disse...

E ai Karla o circo é mesmo o máximo não é.Essa retirada estratégica da sala de aula do Claúdio sutil efeito nós ficamos mais atentos,aos seus dizeres.

walf larry disse...

Ei Karla...acho o maior barato essa sua alegria contagiante de descobrir algo novo a cada dia. "Beber nessa fonte" todo sábado. Vejo como seus olhos brilham. Gostaria de estar presente com vcs debaixo do coqueiro, e com meus 240 e poucos anos curtir o restante da aula do Claudio. Abraços