domingo, 8 de junho de 2008

Relato da aula do dia 07/06/2008

A aula da parte da manha teve inicio às 08h00min com a professora Liliana Borges, a qual realizou uma dinâmica de percepção e expressão corporal. Em seguida deu continuidade a aula sobre o tema cultura corporal de movimento, especificamente, sobre a música e suas linguagens.

Eu, particularmente, achei muito interessante no momento em que a professora colocou uma musica bem suave e nos pediu que deitássemos em uma posição confortável, todos ficaram na posição decúbito dorsal com as pernas estendidas e braços também estendidos ao longo do corpo, então nos orientou como relaxarmos, respirando profundamente de forma tranqüila e suave, em seguida pediu também que tentássemos sentir as batidas do nosso coração. No meu caso, só consegui relaxar totalmente no momento em que a professora pediu para que eu tentasse sentir as batidas do meu coração.

No decorrer da aula a professora Liliana colocou algumas músicas de diferentes épocas para podermos identificar, através da letra e ritmo, o tipo de linguagem cultural transmitida.

Distribuiu arcos e nos deixou livres para dançarmos músicas de ritmos variados, inclusive demonstramos alguns passos de dança, individualmente e em duplas, na frente do espelho existente na sala de aula.

Nos momentos finais da aula a professora distribuiu algumas poesias da autora Cora Coralina para que fossem lidas e fechou com uma discussão sobre assuntos atuais da cultura corporal de movimento, ficando acertado para a próxima aula, apresentações de trabalho em grupo sobre estes assuntos.


A aula na parte da tarde foi com o professor Claudio o qual tratou sobre elementos para compreender a modernidade do corpo numa sociedade racional, texto da autora Ana Márcia Silva. Também falou das reflexões sobre a filosofia de Descartes, subsídios para compreender as relações entre corpo e educação, texto do próprio professor Claudio Marcio Oliveira e Ana Márcia Silva.

"A mecanização e fragmentação do corpo em Descartes, ou seja, o corpo é puramente o corpo, assim como a alma é puramente a alma, principio que autoriza a razão e a ciência, como sua instituição, a conhecer e dominar o corpo humano. Ao separar as dimensões corpo e alma, então aquele é visto como uma maquinaria que atua com princípios mecânicos próprios".

Ao tomar sua própria natureza, seu corpo em objeto, o homem torna-se sujeito, inaugurando uma situação de domínio do segundo sobre o primeiro. VAZ (1999, p.11)

A presença moderna na instituição escolar se deu na dicotomia do processo educativo sendo que o corpo e intelecto passam a ser tratados pedagogicamente em separado dentro da escola, cabendo ao primeiro, o corpo, ser subjugado com intuito de, entre outros objetivos, servir como acessório para o segundo.

Também foi falado da teoria de Descartes sobre características físicas determinantes na personalidade e intelectualidade humana. Ex.: formato do crânio. É bastante polêmico pensar que os traços físicos ou diferenças genéticas possam influenciar no comportamento das pessoas, principalmente em um mundo onde as classes dominantes buscam justificativas para gerar exclusões e garantir a preservação do sistema verticalizado.

Caros colegas, espero que vocês complementem este relato, fazendo comentários sobre os fatos narrados ou citando fatos novos sobre o que ocorreu na aula. Tenham uma ótima semana.

Marlos

5 comentários:

karla costa disse...

Não tem o que comentar, companheiro. Seu relato conseguiu abranger toda a discussão do dia. A oficina da manhã foi muito legal. Acho que a possibilidade dos trabalhos para a próxima semana será muito legal. Tenho dificuldade de abordar a dança em minhas aulas e já começo a vislumbrar boas possibilidades. A discussão da tarde é muito complicada prá mim. Não consigo acompanhar a discussão do Cláudio e não saberia como meter bedelho nela. Mas acho que você foi bem claro. Um abraço, Karla.

walf larry disse...

Caro Marlos, vc disse tudo. Conseguiu ser profundo. A aula da Liliana me surpreendeu de tão boa. A aula do Claudio é preciso sempre interagir para poder compreender algumas questões. Um abraço

Anônimo disse...

PENSO QUE A OFICINA DA LILI FOI DE GRANDE VALIA, POIS CONSEGUI VISUALIZAR AS POSSIBILIDADES PARA AUGUMAS AULAS. ACREDITO TAMBÉM DE COMO A AULA ABRIU A POSSIBILIDADE DE TRABALHARMOS A RELAÇAO DO NOSSO ALUNO COM SEU PROPRIO CORPO NO AMBITO BIOLOGICIO TRAZENDO ELEMENTOS DE COMO ELE FUNCIONA E ETC.ESTAS TEMATICAS SAO IPORTANTES POIS DURANTE ALGUM TEMPO ESTAS TEMATICAS SOBRE O CORPO BIOLOGICO FOI ABANDONADA PRINCIPALMENTE POR AUGUNS TEORICOS DA EDUCAÇAO FISICA QUE TROUXERAM A DISCUSAO MUITO P O CAMPO SOCIAL. UM GRANDE ABRAÇO DO BOI.

Anônimo disse...

Pessoal,
a relaçao que tive com a aula do Claudio foi de entender um histórico de como o corpo era tratado na antiguidade (corpo sagrado e divino) e como que após a modernidade ele tem sido tratado (desacralizado). Essa mudança de tratamento do corpo talvez nos ajude a entender como nossos alunos interagem com os corpos deles mesmos, como movimentos de créu e outros mais.. Dá pra pensar também que os estereótipos de beleza vêm da modernidade, onde pode se mexer em todas as formas do corpo, e que nossos alunos querem ter aquele tipo de corpo ideal, que tá aí na mídia.

Bom, essa foi minha reflexão, e aí, discordem ou concordem a vontade. Abraços!

Gustavo Torquato

Anônimo disse...

Ei galera, blz?
Legal a percepção e os comentarios do Marlos, são diretos. Adorei a oficina com a prf. Lili, tive links muito legais em lembrar fatos que aconteceram comigo e tentei absorver o máximo, legal essa idéia de trabalhar com o relaxamanto e os sons.
Ja a aula do Cláudio e bacana a discussão mas acho que tem hora que fica muito repetitivo e nas horas finais ele dah uma guinada e deixa interessante, mas beleza tenho que estar sempre preparado para enfrentar essas barreiras do conhecimento, abração.