Olá companheiros.
Como vai o feriado? Estou curtinho este friozinho gostoso e prá não perder o contato com vocês e acreditando que este espaço possa ser muito útil prá trocarmos idéias e experiências, resolvi postar um fato que aconteceu comigo na escola ontem que me frustou muito, mas relembrando os prazeres dos desafios escolares resolvi não abaixar a guarda e lutar com ainda mais força para conquistar este objetivo.
Vamos a ele.
Estamos tendo muitos problemas com pixações na escola. Resolvi então lançar um projeto de grafite na escola. A idéia veio em outubro passado e procurei a direção para vibializá-lo. Adoraram, "vamos fazer, verei as possibilidades.... que bom... ótimo"... estas foram as falas que ouvi. Acabou-se o ano e nada. Resolvi que este ano realizaria o projeto de qualquer maneira. (Pontualizo que nossa escola não tem nenhum projeto alternativo. Funcionamos cada um na sua, sala fechada e estrutura bem tradicional prá não dizer outra palavra).
Decidi então reapresentar o projeto, marcando para a semana seguinte começar. Corri atrás do material, do oficineiro, improvisei uma sala em um laboratório abandonado dentro da escola e na sexta dia 11/4 começamos com 4 turminhas de 17 alunos de 5a., 6a. e 7a. séries, cada. A empolgação dos meninos foi deliciosa e proporcionar isso a eles me trouxe uma satisfação indescritível. AÍ... COMEÇARAM OS PROBLEMAS... "Karla não temos o dinheiro... a estrutura da escola... os meninos estão perdendo "conteúdo""... dessas prá pior. Sobre a grana prá manter a oficina consegui um canal pela prefeitura, indiquei todos os passos prá minha diretora, que muito solícita também correu atrás. Sobre os comentários "estimuladores", foram ignorados. Lembrei-me do jogo de tênis e do frecobol..sabem esta estória: com o mesmo material posso jogar junto, compartilhar(frescobol)ou jogar fazendo de tudo para o outro errar e perder(tênis).
Bom retornemos:
Recebemos o não da prefeitura. Não contente, telefonei pessoalmente para o encarregado de liberar a grana que me informou que se fosse consenso do grupo de professores, ele liberaria a verba. Consegui o consenso, e agora foi a vez da diretora do núcleo vetar, dizendo que estão com um projeto muito legal para a escola para ser iniciado em agosto e que deveríamos esperar. Voltei prá casa ontem chateada. Ouvimos sempre que temos que nos virar sozinhos prá fazer a nossa escola e quando começamos algo procuram desarticular nossas idéias ou enfraquecer nossas ações. Entendi a mensagem: É melhor as coisas não funcionarem, reclamar e calar, sem agir. Aí vem as ações do governo que não quer parcerias, mas subserviência. Quer aparecer como o salvador com as ditas ações implamentadas na escola sem sequer conhecer a realidade dela, impostas, sem sentido.
Mas resolvi que não iria desistir. (Tenho um pouco de difilculdade em aceitar nãos como resposta).
Chegando em casa à noite, depois de ver meu GLORIOSO se classificar para as 4as. da Copa do Brasil (que sofrimento), leio a mensagem de um companheiro da escola que sensibilizado com o meu desespero de ver o projeto indo por água a baixo, expresso na sala de professores(entre risinhos de alguns "jogadores de tênis"...) resolveu enfrentar essa luta comigo, e dando uma força que foi mais que material, lembrei-me da fala do Fabrini na qual a mudança começará com 1, 2, 3 professores, lentamente, mas compacta e sólida.
Aminei-me de novo. Hoje recebo um telefonema de um conhecido que provavelmente patrocinará o projeto todo, até o final do ano.
Gente, que delícia! Quando há BOA VONTADE os anjos( ou quem quer que creiamos ser) conspiram a nosso favor.
Amanhã já vou comprar alguns sprays e na sexta que vem recomeçaremos nosso projeto. (Não vejo a hora de ver a carinha dos meninos...)
É isso. Desculpem o desabafo, mas gostaria de compartilhar com vocês esta experiência. Nossos desafios são muitos, mas deliciosamente superáveis. Um grande abraço. Karla Costa.
quinta-feira, 1 de maio de 2008
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6 comentários:
http://www.rubemalves.com.br/tenisfrescobol.htm
caso alguem não conheça ainda o texto...
Karla é isso ai não devemos desistir, e há sempre anjos ao nosso redor,continue assim que você vai longe.abraços Ailton
Oi Karla.
Acredito que esse deve ser um dos principios organizadores de nossas ações: não desistir, acreditar que a formação de nossos educando é mais importante.
Em 2002 realizei um projeto de grafite com alunos de uma escola municipal de BH. Caso se interesse posso deixar com o fabrine algumas fotos do projeto.
Abração,
Admir
Ei galera, recebi um convite de um amigo, professor do Sto Agostinho, que dá aula no EJA na barragem Sta Lúcia, para apresentação do projeto de grafite no dia 17/05/2008 a partir de 9:00 às 17:00 horas. É um projeto interessante e que deu certo para a divulgação dos artistas existentes na barragem, abração.
Renatinho
OI GALERA O CONVITE PRA PARTICIPAR DO PROJETO GRAFITE É EXTENSIVO A TODOS NCLUSIVE PROFESSORES E ORIENTADORES. ABRAÇOS RENATINHO
Olá pessoal...
Só hoje estive lendo aqui no blog do problema da Karla em sua escola. Tenho certeza que vários professores da EF passam por situações semelhantes. O importante é não desistir...
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